Há
algumas décadas, era muito comum vermos ou ouvirmos histórias de pessoas
largando a vida, o casamento, a família, para irem atrás do circo que visitava
a cidade. Imagino quais seriam os motivos, um deles seria: trocar a vida pacata
da cidade pela alegria, cores e fantasias trazidas pelo circo. Quem não queria
abandonar tudo para seguir algo que só faz bem, que é pura magia, fantasia?
Entretanto, toda magia e espetáculo proporcionados pelo circo não passam de
mera ilusão, pois quando o espetáculo acaba, as responsabilidades, as
obrigações e os problemas continuam presentes.
A alegria parece ficar apenas
no picadeiro. O problema é que atualmente vemos muitos casamentos como cidades
sem graça, e muitos amantes surgindo como um circo. Muitos maridos e esposas
estão largando suas vidas, deixando suas “cidades”, para irem atrás do “circo”.
Esse circo representa uma nova pessoa em suas vidas, que conhecem depois do
casamento, num momento em que a vida conjugal pode estar apagada, pacata, sem
graça e numa rotina deprimente. Aí surge o “circo”, sem responsabilidade
alguma, mostrando o lado bom da vida. Sem cobranças sobre tarefas a serem
feitas em casa, sem contas, sem filhos (…). Esse “circo”, que chamo de amante,
não apresenta partes ruins, apenas boas.
Elogia, é um bom ouvinte, causa
frios na barriga, e gera no coração aquele desejo de largar tudo para viver as
emoções promovidas pelo “circo”. Entretanto, assim como o circo, o amante
também é mera ilusão. Quantos casamentos desfeitos por causa de uma ilusão, de
uma vida que promete ser mais feliz e completa até que começam as partes chatas
como: as obrigações, as responsabilidades, dentre outras. Ao final, tudo fica
igual era antes de o “circo” chegar. Então, você percebe que o palhaço também é
triste, e que o show era mágico e encantador, enquanto você estava no picadeiro
do seu casamento.
Por isso, faça de seu casamento
um circo cheio de amor, de coisas novas, se surpresas. Volte a fazer um
espetáculo para seu marido e sua esposa. Pense bem antes de largar sua “cidade”
para ir atrás do “circo”. Talvez, quando você der conta da “palhaçada” que fez,
pode ser tarde demais, e a alegria pode não voltar nunca mais.
Jonathan
Nemer
http://www.lagoinha.com
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